quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Call Girl

Titulo Original: Call Girl (2007)
Actores: Soraia Chaves, Nicolau Breyner, Joaquim de Almeida e Ivo Canelas
Realizador: António Pedro Vasconcelos

Já que o suposto, pelo menos é assim que se gosta de autodenominar, presidente Costa se alheou de escrever um comentário ao filme português Call Girl, venho eu, o escravo de serviço descrever-vos (os milhares de leitores anónimos do blog) o filme de António Pedro Vasconcelos.
Por onde começar? Soraia Chaves, a musa na pele de uma “femme fatale” explode do ecrã a cada momento do filme, fantástica, faz o papel na perfeição que digamos lhe assenta na perfeição.
Nesta longa-metragem, de um grande benfiquista, assistimos a crónica de costumes bem portuguesa tendo como personagens centrais um presidente de câmara honesto que se deixa enredar pela bela Maria (Soraia Chaves) uma prostituta de luxo que é contratada por Mouros (Joaquim de Almeida) para chantagear o autarca de Vilanova (Nicolau Breyner) que se mostra irredutível em vender um terreno para a construção imobiliária, o caso de corrupção não foge ao perspicaz e incorruptível inspector Madeira (Ivo Canelas) que se lança numa demanda para caçar o “corrupto” presidente de câmara.
Tudo isto, cenário mais ou menos recorrente na realidade portuguesa, é tratado com a leveza de um argumento digno de Hollywood e a “estória” flui sem uma narrativa entediante e monótona mantendo o espectador intrigado de como é que a trama se vai desenvolver.
Falando deste filme é impossível não falar da fantástica interpretação de Ivo Canelas que tal e qual um “reservoir dog” persegue intransigentemente todos os prevaricadores da ordem publica, é impossível ficar indiferente aos seus “tu tas fodido, tu tas tão fodido”, o que vem provar a minha tese de que ali esta um grande actor desde o tempo do fura vidas.
Call Girl, é a prova que pode haver cinema comercial de qualidade em português, e que os outros exemplos de filmes para as massas como “o Crime do padre Amaro” ou “Corrupção” são mais exemplos de uma realidade que pode evoluir positivamente no futuro. Call Girl não é um grande filme até porque os impedimentos financeiros o determinam, mas é um trabalho muitissimo competente de uma equipa que está de parabens, o cinema português (ao contrário de outras experiências) não sai nada envergonhado.

Por onde terminar? Já vos disse que a Soraia Chaves arrasou?


Verdicto final: 3***

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Control


Titulo Original: Control (2007)
Realizador: Anton Corbijn
Actores: Sam Riley, Samantha Morton, Alexandra Maria Lara


Em jornada dupla da tertúlia, e muito desfalcados pelas baixas que os exames produzem na esfera tertuliana aproveitamos para ver um filme que a critica especializada considerou como dos melhores de 2007. Control um filme inglês de um realizador desconhecido apresenta-nos a historia do lendário vocalista da banda de Manchester dos anos setenta, os Joy Division, nunca alcançaram o sucesso comercial que teriam tido se Ian Curtis não se tivesse suicidado aos 23 anos.
Na minha modesta opinião, foi o melhor “Biopic” (se o pudermos considerar neste campo) que alguma vez vi, para alem de um trabalho absolutamente notável de Anton Corbijn que adaptou o livro da viúva de Curtis, papel magistralmente interpretado por Samantha Morton, a fotografia, cuja escolha do preto e branco que salienta o ambiente sujo e triste dos arredores de Manchester, cidade natal da banda, passando pela magnifica banda sonora (que para alem das musicas dos Joy Division nos apresenta Iggy Pop, Bowie, Buzzcocks, Sex Pistols ou Clash) que caracteriza os anos duros do punk e do pós-punk britânico.
Absolutamente notável, portanto, a nível técnico Control é, porém, mais do que um filme plasticamente bonito, a derrapagem emocional de Curtis retratado pelo filme é impressionante, é incrível ver a evolução de uma personagem (real) que de um rapaz que perdeu o controlo do seu casamento, da musica que produzia e até relativamente ao seu corpo Ian Curtis perdeu…o controlo. É um facto biográfico sobejamente conhecido que os sucessivos ataques epilépticos o condicionaram e contribuíram para a deterioração da sua sanidade mental que o levou ao suicídio
Por fim, é preciso aqui deixar bem ciente que o trabalho de Sam Riley na pele do famigerado vocalista é digna de um Oscar se este filme fosse “oscarizavel”, a desordem emocional que emana da personagem transmuta-se para o espectador que atónito assiste à degradação de um génio. A última cena é como um culminar de uma situação insustentável, de um alheamento moral de um afastamento de tudo o que estava à sua volta, no fim, ao som de Atmosphere (não podia ter sido melhor escolhida) somos invadidos por um sentimento misto de pena e respeito por Ian Curtis, quando aparece o genérico final apetece bater palmas a um filme que verdadeiramente me encheu as medidas.


Vale a pena sair de casa para ir ver o filme, e se possível ouvir atentamente as musicas da banda, ambas as coisas são memoráveis, o veredicto final: 5*****

sábado, 12 de janeiro de 2008

Isto tem de mudar

Dizem que o novo filme do Wood Allen está muito bom.. temos de ir ver isso.. realmente o cunha tem razão.. temos ido ver uns filmes pessimos! e viva as BIFANAS do Bifas, viva o esquizofrenismo do Cabide de merda, viva a paixão do Preto Moustaxe pelos piçalhões dos pretos Rappers, viva o estudo frenético da Puta feia Lagartiana, viva o cachaço do Zé Calhau, viva o nervosismo inqualificável do Judeu Cunha (palavras de Henrique)! E viva, como é óbvio, o Rei Brasa! E nunca se esqueçam: sois todos uma cambada de paneleiros!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Paneleiros

Sois todos uma cambada de paneleiros!